Foto: Escudo das equipes

RE X PA – UMA HISTÓRIA DE RIVALIDADE E PAIXÃO

Remo e Paysandu são clubes tradicionais na história do futebol brasileiro, os torcedores guardam na memória os momentos de cada time. Vários desses momentos surgiram do confronto entre Remo e Paysandú; o famoso RexPa ou Clássico Rei da Amazônia.

São mais de 100 anos de rivalidade, paixão e emoção, a história do clássico paraense é marcada por jogos emocionantes, tabús, títulos e outros ingredientes que mexem com o coração do torcedor. Vale ressaltar ainda que, no dia 4 de maio de 2016, o clássico foi declarado patrimônio cultural imaterial do Estado do Pará, sendo qualificado como uma expressão cultural do povo paraense, além de ser o clássico mais disputado do mundo!

Até hoje foram mais de 740 jogos disputados, com 261 vitórias do Remo (986 gols) contra 232 jogos vencidos pelo Paysandú (956 gols). Os números são próximos, mas no histórico de gols e vitórias, o Leão de Antônio Baena leva vantagem sobre o Papão.

O primeiro RexPa oficial aconteceu no dia 10 de Junho de 1914, válido pelo compeonato paraense da primeira divisão. O jogo aconteceu no Baenão, e terminou com vitória do Club do Remo por 2-1.

O RexPa é um espetáculo que arrasta multidões, mais do que um jogo de football é um elemento importante da cultura do Pará. Os torcedores são apaixonados e acompanham as equipes à qualquer momento. E esse amor pelos times começa desde a infância de muitos torcedores, é uma paixão passada de pai para filho. Em dia de Remo e Paysandú, com certeza é um clima diferente nas cidades do Pará.

Um período importante na história do clássico aconteceu entre 1993 e 1997  quando o Club do Remo ficou 33 jogos sem perder para o maior rival. O tabú só foi quebrado no dia 7 de junho de 1997 , quando o Paysandú venceu o Remo por 2-0. E até hoje continua sendo a maior sequência de vitórias que um time conseguiu manter sobre seu rival.

Se por um lado os torcedores do Papão da Curuzú, não guardam boas lembranças em relação ao número 33, os torcedores do Remo não trazem boas recordação em relação ao número 7. Em 22 de julho de 1945 o Paysandú impôs uma goleada de 7 a 0. E mais tarde o declarado torcedor do alviceleste, o cantor paraense Pinduca, recordaria para sempre em sua marchinha (Frevo do Paysandú), “Pintou o 7 numa tela azul, foi feito sem defeito o Papão da Curuzú!”.

Em relação aos títulos de cada time, ambos possuem um grande acervo de troféus em seus museus. Dentre os principais títulos do Paysandú, podemos listar:

Copa dos Campeões  – 2002

Campeonato Brasileiro Série B – 1991, 2001

Copa Verde – 2016

Campeonato Paraense –  vencedor em 47 oportunidades;

No ano de 2002 o Paysandú conquistou a Tríplice Coroa, único time do norte a conseguir a façanha de ser campeão três vezes campeão em um ano (Campeonato Paraense, Copa Norte, Copa dos Campeões)

Os títulos do Papão, assim como os do Remo, são muitos, afinal cada um dos Club’s tem mais de 100 anos de história. Listar todas as glórias faria essa matéria muito extensa.

O Paysandú pode também se orgulhar em ser o único time do norte do país a participar da Taça LIbertadores da América na edição de 2003, apesar de não haver conseguido chegar nas etapas finais da competição, chegou a fazer história como parte de um grupo exclusivo de 4 equipes brasileiras (Santos, Cruzeiro, Paysandú e Fluminense) a conseguir vencer o Boca Juniors em La Bombonera, seu estádio na Argentina.

No lado azulino os principais títulos são;

Campeonato Brasileiro Série C – 2005

Campeonato Norte-Nordeste – 1971

Taça Norte – 1968, 1969, 1971

Campeonato Paraense – vencedor 44 vezes.

Grande parte dos confrontos entre os dois times aconteceram em disputa do Campeonato Paraense. O último encontro inclusive, em jogo válido por este mesmo campeonato (28/01/2018) o Remo venceu o Paysandú por 2-1. No primeiro RexPa do ano, os bicolores sairam na frente mas depois sofreram a virada no final do segundo tempo.

Um dos maiores clássicos apesar de ser uma disputa secular, não é uma guerra. É intensidade, paixão, e parte da cultura paraense. E a rivalidade extrema nao justifica confrontos físicos entre as torcidas. O Clássico Rei da Amazônia resiste ao tempo e a cada jogo entre bicolores e azulinos uma nova página é escrita na nossa história.

Fontes: 

  • http://globoesporte.globo.com/pa/noticia/2016/05/classico-re-pa-e-declarado-patrimonio-cultural-imaterial-do-estado-do-para.html
  • https://globoesporte.globo.com/pa/futebol/campeonato-paraense/noticia/superior-remo-vence-o-paysandu-de-virada-no-primeiro-re-pa-de-2018.ghtml
  • http://futpedia.globo.com/confronto/remo-x-paysandu
  • https://globoesporte.globo.com/pa/futebol/campeonato-paraense/noticia/superior-remo-vence-o-paysandu-de-virada-no-primeiro-re-pa-de-2018.ghtml