Enquanto o mundo acompanha a explosão da inteligência artificial (IA) e a valorização de empresas como a Nvidia, fabricante de chips essenciais para a tecnologia, o Brasil tem uma oportunidade única de participar dessa revolução: a geração de energia renovável. A IA depende de dois pilares fundamentais: chips e eletricidade. Sem energia, os chips são inúteis, e a demanda por eletricidade está crescendo exponencialmente.

Em 2023, a Nvidia despachou 100 mil unidades de chips, que consumiram 7,3 TWh de energia. Até 2026, a expectativa é que a demanda por eletricidade para abastecer esses chips aumente pelo menos dez vezes. Esse cenário abre espaço para países como o Brasil, que possui uma matriz energética majoritariamente renovável, se tornarem players estratégicos no fornecimento de energia limpa para sustentar a expansão da IA.

No entanto, o aumento do consumo de energia pela IA também traz desafios ambientais. O Google, por exemplo, divulgou em seu relatório anual de impacto climático que suas emissões de gases de efeito estufa cresceram 48% nos últimos cinco anos, com um aumento de 13% apenas em 2023, totalizando 14,3 milhões de toneladas anuais. O principal motivo foi o alto consumo de energia em seus data centers de IA.

Enquanto o Brasil pode se beneficiar economicamente ao fornecer energia renovável para alimentar a revolução da IA, a comunidade global precisa enfrentar os impactos climáticos gerados pelo aumento do consumo energético. O desafio será equilibrar inovação tecnológica e sustentabilidade, garantindo que o crescimento da IA não comprometa os esforços para combater as mudanças climáticas.

Fonte: “BRASIL PODE ENRIQUECER COM ENERGIA RENOVÁVEL PARA IA.” Associação Brasileira de Energias Alternativas e Meio Ambiente (ABREMA), 08 de julho de 2024. Disponível em: https://www.abrema.org.br/2024/07/08/brasil-pode-enriquecer-com-energia-renovavel-para-ia/. Acesso em: 10 de fevereiro de 2025.

Imagem: Olhar Digital, 12 de março de 2024. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2024/03/12/pro/como-a-ia-esta-promovendo-avancos-na-energia-nuclear/. Acesso em: 10 de fevereiro de 2025.